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quarta-feira, 13 de março de 2013

Segundo dia do Fórum de Cultura discute mecanismos de fomento e estruturação das artes




Câmaras Setoriais iniciam discussões das propostas para fortalecimento da cultura local

Cultura popular, tradição e modernidade, identidade cultural e saberes vários foram alguns dos ingredientes que fizeram parte do circuito de palestras do segundo dia do Fórum Municipal de Cultura de Cabo Frio. O sociólogo Paulo Barreto abriu as discussões com o arcabouço da cultura popular do qual faz parte a formação dos brasileiros e destacou a relevância de se preservar e resguardar estas manifestações.

Como exemplo o sociólogo citou o trabalho realizado com a implantação dos Mestres Sabedores da Cultura Popular, de resgate e preservação da cultura imaterial, e que fez parte da II Semana Fluminense do Patrimônio, em 2012, que buscou fomentar estes valores.

- O trabalho é árduo, mas é preciso fazer o resgate da memória patrimonial da cultura brasileira que afinal conta nossa história – explicou Paulo Barreto.

Quanto à preservação do patrimônio cultural, que está atrelada a memória, Ivo Barreto, chefe do escritório regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), acredita que as estruturas locais devem ser aprimoradas e ter autonomia.

- Resgate da memória é complexo, leva tempo. Localizar os mestres sabedores, de certa forma são os guardiões da cultura, é importante, assim como os monumentos que contam a nossa história – disse Ivo.

Após o panorama cultural e patrimonial, a artista plástica Sigridy Lima iniciou a explanação sobre as questões técnicas da cultura, os editais de fomento por meio de convênios. Representante do Sistema de Convênios do Governo Federal (Siconvi), Sigridy esclareceu de que forma os recursos são utilizados para os projetos culturais, por meio de aberturas de conta, termos de cooperação, formatação de projetos, além do funcionamento do Programa Municipal de Editais de Fomento e Difusão Cultural (PROEDI) que prevê um aporte de R$ 500 mil reais de investimentos.

- O PROEDI é uma grande conquista para a cultura do município que surge para ampliar as possibilidades de mais projetos culturais chegarem a um número maior de artistas e de público – acredita Sigridy, acrescentando que os recursos do Proedi serão divididos em três categorias de valores, sendo cinco projetos incentivados com R$ 38 mil cada, R$ 16 mil para 10 projetos e 25 propostas terão R$ 6 mil.

No segundo dia do evento formaram a mesa de abertura o secretário de Cultura, José Facury; o sociólogo Paulo Barreto, a artista plástica e representante do Siconvi (Sistema de Convênios do Governo Federal) Sigridy Lima e o Chefe do Escritório Regional do Iphan, Ivo Barreto.

Gestão de produção e conteúdo otimizadas
A função de um gestor de cultura foi o tema da palestra do secretário da pasta em Cabo Frio, José Facury, que abordou os marcos legais da cultura e as questões da organização do evento, de forma a liberar os artistas para a produção artística e a  entidade pública à produção de conteúdo.

- Cabe ao gestor público proporcionar aos artistas mecanismos de fomentar sua arte. Paralelamente a isso, com uma instituição responsável pela produção, o gestor fica mais livre para pensar o conteúdo dos eventos – explicou o secretário.

Facury fez ainda um panorama dos dois meses de gestão, da herança de problemas em diversos pontos culturais da cidade, falta de recursos e investimentos.

- Apesar de termos herdado todos estes problemas, prevalece a vontade de fazer a cultura em Cabo Frio mais forte e com mais atrativo tanto para os artistas quanto para moradores e visitantes. Ainda há muito a ser feito para colocar a casa em ordem, mas a cultura e a arte não podem esperar – disse o secretário de Cultura, José Facury.

Convidada pela organização do Fórum, Francis Miszputen, produtora executiva do Prêmio Rio Sociocultural, do Instituto Cultural Cidade Viva, do Rio de Janeiro, anunciou as inscrições para o prêmio e explicou o objetivo da entidade de divulgar as ações culturais do estado por meio de banco de dados de todos os projetos inscritos.

- Todos os projetos que são inscritos no Cidade Viva, posteriormente são encaminhados para instituições que também fomentam a cultura no estado. Qualquer manifestação cultural que atenda ao regulamento pode e deve se inscrever – disse Miszputen, acrescentando que este ano o Prêmio realiza a quarta edição e vai distribuir cerca de R$ 100 mil.

Após o circuito de palestras, a plenária arguiu os representantes públicos e das entidades culturais sobre os temas discutidos durante a manhã, esclarecendo as dúvidas e contribuindo com sugestões. No período da tarde, terão continuidade os debates das Câmaras Setoriais, iniciadas no dia anterior.

Texto e fotos: Nicia Carvalho | Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Cultura

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Secretaria Municipal de Comunicação Social de Cabo Frio

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